Depoimentos

Nesta página apresentamos depoimentos emocionantes de famílias do coração. Envie o seu para gaadacolher@gmail.com que postaremos aqui.

Ser mãe por adoção tardia 


É possível ser mãe e amar uma filha que nasceu no coração já adolescente? E é possível ser amada por essa filha?
Sim, é possível e posso garantir que o amor construído é muito, muito grande. Minha filha nasceu pra mim aos 11 anos, passamos por muitas dificuldades e conflitos, mas juntas, um dia de cada vez, aprendemos a lidar com o preconceito, vencemos as dificuldades e estamos construindo uma relação materno-filial sólida. Hoje, após quatro anos, somos mãe e filha na plenitude. Sinto vontade de anunciar a todos os cantos do mundo que tenho uma filha e que a amo muito. 

Adote sem medo, mas com doação e o desejo de amar incondicionalmente e eternamente.
Mãe: Maristela





JOÃO ANTONIO

  “Tem gente que nasce POESIA”.  Assim VOCÊ chegou.
Chegou devagarzinho e mostrou que há um momento exato para se chegar.
Chegou devagarzinho e não deixou dúvidas que este sempre foi o SEU LUGAR.
Chegou devagarzinho e mexeu com o nosso cotidiano, com as nossas referências.
Chegou devagarzinho e nos despertou para a grandeza das coisas pequenas.
Chegou devagarzinho e nos colocou em estado de CRIANÇAMENTO!
Chegou devagarzinho e nos mostrou que viver é um constante EMOCIONAR-SE.
JOÃO ANTONIO, desde que você chegou, o DIA chega diferente do jeito que sempre chegava.
Que FELIZES sejam todos os seus dias!
NOSSO PEQUENO GRANDE AMOR, que todos os dias se encantem com o seu SORRISO!
TE AMAMOS!
(MARIA JOSÉ MARTINELLI CALIXTO E ALEXANDRE PITANGUI CALIXTO)

ODE AO JOÃO ANTONIO


Nunca se chega antes. Nem cedo, nem tarde.  Assim você veio...
Ínfimo movimento que nos aproximava com o cuidado e a delicadeza de quem tem receio, medo, dúvidas...
Mexeu com o meu dia a dia.
Roubou o meu silêncio.
Roubou o meu tempo de leitura.
Fez-me correr de um lado para o outro, tentando deixar tudo  “organizado”, enquanto você dormia.
Fez-me sentir que não sou mais dona do meu tempo, dos meus horários.
Contraditoriamente, também me fez mais sublime.
Fez-me sensível a uma porção de coisas que, até então, passavam despercebidas.
Emocionou-me com sua alegria, com os seus primeiros passinhos e palavras.
 Apresentou-me o lado colorido da vida
Presenteou-me com a doçura de seus gestos.
Fez-me sensível a grandeza das coisas pequenas.
Fez-me reaprender o "criança mento” das palavras".
Fez-me perceber que as palavras crianciadas são tão mais singelas que as adulte(r) adas...
Presenteou-me com a poesia da vida...
JOÃO ANTONIO, me pego rindo sozinha das suas doces descobertas.
MEU FILHO, o seu descobrir faz descobrir-me.
“Carrego seu coração comigo 
Eu o carrego no meu coração” (Maria José Martinelli)



Filha especial traz vida para mãe adotiva  

“Ela representa a felicidade para mim. É um amor que não sei como descrever, eu amo tanto que às vezes até choro, é um amor tão grande que dá vontade de gritar para o mundo. Afinal, a Vitória é a vitória da minha vida!”  (Eliana Alves Maciel)

  Eliana e Vitória - Foto: Eduarda Rosa
Veja reportagem em:
http://www.douradosnews.com.br/dourados/filha-especial-traz-vida-para-mae-adotiva



Minha Filha Luana

 Minha filha Luana tem hoje 12 anos e já passou por varias cirurgias cardíaca: tem ventrículo único e mais algumas complicações. Mas ter sobrevivido até agora pode não ser nenhuma novidade, pois vemos milagres acontecendo todos os dias. Ela é adotiva e a maioria das cirurgias passou só, sem ninguém da família ao seu lado, sem a mãe para lhe fazer visitas no CTI (e foram meses lá dentro). Só podia contar com o amor e carinho de médicos e enfermeiros, mas estes têm sua própria família e trabalham em turnos. 

Ela veio para nós com 4 anos: pesava 9kg, calçava nº18, não falava e estava começando a andar. Disseram-me que não teria o dia de amanhã e que precisava de uma família pra morrer feliz ao lado de pais que nunca teve.
As pessoas admiram-se por termos adotado uma criança com um problema tão grave, mas eu pergunto: e se tivesse nascido de mim, eu não faria o impossível por sua cura?
Com uma criança adotiva o impossível é maior, a vontade é maior porque o sofrimento dela é maior: foi rejeitada pela pessoa que lhe deu a vida e não lutou por ela. Foi abandonada da forma mais cruel quando estava doente. E criança doente a maioria não quer adotar. Os abrigos estão lotados de crianças diferentes, especiais, com problemas graves de saúde. Muitas vezes elas sucumbem, pois o amor é que faz ter vontade de viver. E sem amor não ha imunidade. A Luana é uma prova do que o amor é capaz. E o amor que ela nos retribui é uma benção. Na verdade, ela nos adotou.
Agora gostaria que vissem este vídeo pra conhecerem esse sorriso maravilhoso, essa luz de Deus (significado de Luana) que passou por tanta dor (esteve ligada às maquinas por 2 vezes, mas voltou) e nunca desistiu apesar de só. Ainda vai passar por muita luta (transplante), mas estaremos lá junto dela, como fazemos ha 9 anos.
   Ângela Meiricie



Filho é sempre e simplesmente filho


Não importa se ele nasceu no seu ventre ou no seu coração. Não importa se ele tem a cor dos seus olhos, a cor da sua pele, se tem seus traços e sua genética. Não importa se você viu o primeiro sorriso, os primeiros passos, as primeiras palavras, se você conheceu a primeira professora e se foi buscá-lo na escola porque estava com medo. Não importa se você não passou noites e noites em claro porque ele estava com febre...
Sim, importa se você tem disposição, vontade e desprendimento para acolher e construir um amor incondicional por seu filho. Filho que sempre foi seu mesmo sem o conhecer. Importa, porque os diferentes se completam. Porque para você o primeiro sorriso ele deu quando te viu pela primeira vez. Porque você ficou ansioso no primeiro dia que o levou para a nova escola. Porque você pode passar noites dormindo feito o anjo do seu filho...
Sim, importa sempre e simplesmente porque ele é seu filho.
Adotar é um desafio, adoção tardia e inter-racial pode ser um desafio ainda maior, mas possível. Existem dificuldades e limitações. O preconceito está presente de forma dissimulada até mesmo nos amigos mais próximos. Mesmo assim, vale apena. Juntos, um dia de cada vez, aprendemos a lidar com o preconceito, vencemos as dificuldades e seguimos rumo à construção do amor incondicional e sem fronteiras, capaz de transformar vidas.
Escrevo isso com a única intenção de mostrar a você que é possível ser feliz com a adoção tardia e inter-racial. Pense nisso.
(Maristela Missio)

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